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terça-feira, 31 de agosto de 2010

CMMI

O CMMI (Capability Maturity Model Integration) é um modelo de referência que contém práticas necessárias à maturidade em disciplinas específicas de engenharia de software, o CMMI é uma evolução do CMM e procura estabelecer um modelo único para o processo de melhoria corporativo, integrando diferentes modelos e disciplinas.
A sua metodologia foi criada pela SEI (Software Engineering Institute) para ser um guia destinado a melhorar os processos organizacionais e a habilidade desses em gerenciar o desenvolvimento, a aquisição e a manutenção de produtos e serviços. O CMMI organiza as práticas, que já são consideradas efetivas, em uma estrutura que visa auxiliar a organização a estabelecer prioridades para melhoria e também fornece um guia para a implementação dessas melhorias.
No Brasil, existe um modelo compatível com o CMMI, o MPS/BR (Melhoria de Processos do Software Brasileiro), que tem como uma das principais vantagens é o seu custo reduzido de certificação em relação as outras normas, sendo ideal para micro, pequenas e médias empresas. Um dos objetivos do projeto é replicar esse modelo na América Latina. Para isso, conta com o apoio do  Ministério da Ciência e Tecnologia, da FINEP e do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
A versão atual do CMMI (versão 1.2) apresenta três modelos:
1.      CMMI for Development (CMMI-DEV) ago/2006: Dirige-se ao processo de desenvolvimento de produtos e serviços.
2.      CMMI for Acquisition (CMMI-ACQ) nov/2007: Dirige-se aos processos de aquisição e terceirização de bens e serviços.
3.      CMMI for Services (CMMI-SVC) fev/2009: Dirige-se aos processos de empresas prestadoras de serviços.

Representações

O CMMI possui duas representações: "contínua" ou "por estágios". Estas representações permitem à organização utilizar diferentes caminhos para a melhoria de acordo com seu interesse.

Representação Contínua

Possibilita à organização utilizar a ordem de melhoria que melhor atende os objetivos de negócio da empresa. É caracterizado por Níveis de Capacidade:
·         Nível 0: Incompleto (Ad-hoc)
·         Nível 1: Executado
·         Nível 2: Gerenciado
·         Nível 3: Definido
·         Nível 4: Quantitativamente gerenciado
·         Nível 5: Em otimização

Representação por Estágios

Disponibiliza uma sequência pré-determinada para melhoria baseada em estágios que não deve ser desconsiderada, pois cada estágio serve de base para o próximo. É caracterizado por Níveis de Maturidade:
·         Nível 1: Inicial (Ad-hoc) - falta de planejamento e de controle dos processos. Foco nas atividades corretivas.
·         Nível 2: Gerenciado – estabelecimentos dos processos básicos para planejar e acompanhar custos, prazos e funcionalidades. Compromissos são firmados e gerenciados. O sucesso depende basicamente do gerenciamento do projeto.
·         Nível 3: Definido – documentação e padronização das atividades de gerenciamento básico e de Engenharia de Software. Possui processos gerencias e técnicos bem definidos, possibilidade de avaliação do processo.
·         Nível 4: Quantitativamente gerenciado - Métricas detalhadas do processo de software e da qualidade do produto são coletadas. Tanto o processo como o produto são  quantitativamente compreendidos, avaliados e controlados. Relatórios estatísticos são gerados. Tipicamente, encontra-se estabelecido e em uso rotineiro um programa de medições, a qualidade é planejada por um grupo dedicado, sendo rotineiramente avaliada e aprimorada
·         Nível 5: Em otimização - A melhoria contínua do processo é estabelecida por meio de sua avaliação quantitativa e da implantação planejada e controlada de tecnologias e ideias inovadoras. O alto nível de qualidade e de satisfação dos clientes é alcançado rotineiramente, com grande foco na melhoria contínua.

Áreas de Processo

O modelo CMMI atual contém 22 áreas de processo. Essas áreas servem para traçar o caminho que a empresa irá trilhar para atingir o objetivo. Em sua representação por estágios, as áreas são divididas da seguinte forma:
·         Nível 1: Inicial (Ad-hoc)
·         Não possui áreas de processo.

·         Nível 2: Gerenciado
·         Gerenciamento de Requisitos - REQM
·         Planejamento de Projeto - PP
·         Acompanhamento e Controle de Projeto - PMC
·         Gerenciamento de Acordo com Fornecedor - SAM
·         Medição e Análise - MA
·         Garantia da Qualidade de Processo e Produto - PPQA
·         Gerência de Configuração – CM

·         Nível 3: Definido
·         Desenvolvimento de Requisitos - RD
·         Solução Técnica - TS
·         Integração de Produto - PI
·         Verificação - VER
·         Validação - VAL
·         Foco de Processo Organizacional - OPF
·         Definição de Processo Organizacional - OPD
·         Treinamento Organizacional - OT
·         Gerenciamento Integrado de Projeto - IPM
·         Gerenciamento de Riscos - RSKM
·         Análise de Decisão e Resolução – DAR

·         Nível 4: Quantitativamente gerenciado
·         Desempenho de Processo Organizacional - OPP
·         Gerenciamento Quantitativo de Projeto - QPM

·         Nível 5: Em otimização
·         Inovação Organizacional e Implantação - OID
·         Análise Causal e Resolução - CAR

Cada uma dessas áreas são definidos dois conjuntos de metas: as específicas e as genéricas. A essas metas, a definição do modelo recomenda práticas genéricas divididas em um conjunto de características comuns que por sua vez se divide em quatro categorias. São elas:
1.      Comprometimento com a execução – Agrupa práticas relacionadas à definição de políticas e responsabilidades, descrevendo ações para assegurar que o processo se estabeleça e seja duradouro;
2.      Habilitação para execução – Agrupa práticas contendo pré-condições para o projeto, de forma a permitir a implementação adequada do processo;
3.      Direcionamento a implementação – Agrupa práticas relacionadas ao gerenciamento do desempenho do processo;
4.      Verificação da implementação – Agrupa práticas para revisão junto à alta gerência e avaliação objetiva da conformidade com processos, procedimentos e padrões.

As metas específicas, na maioria das vezes, estão focadas no negócio da empresa e buscam alinhar a metodologia CMMI às necessidades próprias; por sua vez as metas comuns focam em aspectos inerentes a qualquer empresa e devem ser considerados para a correta implementação da metodologia,  de forma a garantir a maximização dos resultados.

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